segunda-feira, 5 de setembro de 2016

As três Federações dos portuários promovem encontro dos trabalhadores da Região Sul

Trabalhadores dos portos de Itajaí realizam encontro nesta sexta-feira 2

A atividade é organizada pela Unidade Portuária Nacional composta pela Federação Nacional dos Portuários (FNP) , a Federação dos Conferentes, Consertadores, Arrumadores e Armadores (Fenccovib) e a Federação Nacional dos Estivadores (FNE). E tem como objetivo mobilizar os trabalhadores contra a atual pauta do Congresso Nacional que traz sérios prejuízos a classe trabalhadora. A atividade começa a partir das 9h no auditório da Administração do porto de Itajaí.
Este é o segundo encontro realizado na Região Sul, nessa quarta-feira (31) os trabalhadores de Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre se reuniram na capital gaúcha. No mesmo dia, a presidenta Dilma Rousseff foi impeachmada e o antes interino, Michel Temer, assumiu de vez a Presidência da República. Por isso, os trabalhadores aprofundaram o debate em torno da atual conjuntura política do Brasil.
Presidente da Federação Nacional dos Portuários, Eduardo Guterra.
Presidente da Federação Nacional dos Portuários, Eduardo Guterra.
Para o presidente da Federação Nacional dos Portuários, Eduardo Guterra, com o novo governo será ainda mais difícil o diálogo. “Se como presidente interino já propôs várias medidas que prejudicam os trabalhadores, imagina como presidente?”, questiona. “Por isso é preciso que mais do que nunca os trabalhadores dos portos estejam unidos, somente juntos seremos capazes de alcançar nossas reivindicações, como também barrar qualquer tentativa de retirada de direitos”, ressaltou Guterra.
No final dos debates os trabalhadores decidiram encaminhar uma carta aberta aos trabalhadores e ao governo reafirmando compromisso de lutar ao lado da classe trabalhadora contra qualquer retirada de direito como vem acontecendo com as mudanças na aposentadoria e outras maldades praticadas pelo atual governo federal e contando mais uma vez o atendimento imediato da pauta nacional da categoria. Caso este documento seja aprovada nos próximos encontros, a Unidade Nacional Portuária também deliberará uma paralisação nacional de 24 horas, ainda sem data.
Presidente da Federação dos Estivadores Wilton Ferreira
Presidente da Federação dos Estivadores Wilton Ferreira
“Nós não podemos deixar que aquilo que tem chegado aos nossos ouvidos, tais ameaças que se tornarem realidade não teremos nem trabalho. Por isso é preciso que os sindicatos estejam junto com suas bases e federação nessa luta”, explicou o presidente da Federação dos Estivadores Wilton Ferreira Barreto aos trabalhadores.
A categoria tenta negociar com o governo federal e com os patrões desde junho, desde então aconteceram quatro reuniões, a última reunião marcada para o dia 21 de julho foi desmarcada pelo governo e desde então, as federações não conseguem se quer marcar uma reunião der negociação.
Presidente da Fenccovib, Mário Teixeira.
Presidente da Fenccovib, Mário Teixeira.
“Os patrões dizem que querem negociar, mas na prática é diferente. Por isso nós tivemos a ideia de realizar essa carta e mobilizar todos vocês para lutarmos pelos nossos direitos”, ressaltou o presidente da Fenccovib, Mário Teixeira.
Pauta dos trabalhadores dos portos do Brasil
Os trabalhadores exigem o cumprimento da Lei Portuária (12.815/2013) e da Convenção 137 da Organização Internacional do Trabalho, o fim de contratações irregulares e interveniência do governo para uma saída de negociação coletiva entre os as empresas operadoras dos Terminais de Uso Privado (TUPs) localizados fora da área dos Portos públicos e os trabalhadores. Eles também lutam pela recuperação da Previdência Complementar (Portus) e contra a terceirização ilegal da guarda portuária e privatização das Companhias Docas.
E em conjunto com toda a classe trabalhadora, os portuários dizem não às propostas do governo de Michel Temer de retirada de direitos dos trabalhadores em geral, inclusive a ideia da prevalência do negociado sobre o legislado e alterações da CLT. Os trabalhadores também são contra as mudanças na Previdência Social, limite de idade, de 65 a 70 anos, para aposentadoria e a privatizações das estatais brasileiras. E contra os ataques que vem sendo deflagrado, por alguns parlamentares e setores do governo aos movimentos sociais e às organizações sindicais.
Deve acontecer mais quatro encontros pelas regiões do Brasil no mês de outubro e novembro, conforme já havia sido deliberado pela Unidade das federações e trabalhadores.

Fonte: Comunicação FNP

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