Os investimentos privados no setor portuário brasileiro devem chegar a R$ 36 bilhões ao longo dos próximos três anos, considerando os pedidos de autorização de investimento de arrendamentos existentes, as autorizações para Terminais de Uso Privado (TUP) e os arrendamentos de áreas em portos organizados previstos no Plano de Investimento em Logística (PIL-Portos).
A perspectiva foi apresentada nesta
terça-feira, 11 de março, pelo ministro da Secretaria de Portos, Antonio
Henrique Silveira, durante reunião com o Conselho de Infraestrutura da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.
Segundo o ministro, somente com pedidos
de autorização de investimento de arrendamentos existentes, a
expectativa é de investimentos de R$ 10 bilhões. Atualmente, 45
propostas de prorrogação estão em análise na ANTAQ.
O programa de arrendamentos das 159
áreas nos portos organizados (PIL-Portos) deverão injetar mais de R$ 17
bilhões em investimentos, que se somam aos cerca de R$ 8 bilhões
previstos nos 15 terminais de uso privado autorizados até março deste
ano.
“Isso é extremamente importante tanto
para a racionalização quanto para a ampliação da capacidade portuária”,
disse o ministro durante reunião na CNI. No caso do setor público, além
dos arrendamentos, Silveira explicou que a prioridade é desenvolver a
segunda fase do Programa Nacional de Dragagem (PND2).
No dia 21 de fevereiro, a SEP lançou o
edital para dragagem de manutenção do Porto de Santos. As propostas
serão abertas no dia 08 de abril. Até o final do mês, a secretaria
pretende lançar os editais para os portos de Mucuripe (CE) e do Rio de
Janeiro (RJ) e até meados do segundo semestre deve ter início o processo
de licitação envolvendo 22 portos organizados.
“Esse esforço de investimento visa
atender a necessidade de modernização da infraestrutura portuária e de
aumentar a capacidade de movimentação dos portos brasileiros”, observou
Silveira.
O ministro disse ainda que a partir de
abril, num esforço conjunto com o Ministério dos Transportes, a SEP
intensificará ações para viabilizar os acessos terrestres aos portos.
“As dragagens vão atacar os acessos
marítimos, mas é preciso também melhorar os acessos terrestres,
principalmente na região Norte, de forma que estas áreas sejam capazes
de realizar mais plenamente seu potencial portuário”, afirmou.
Silveira acrescentou que existe grande
interesse na região Norte tanto em função do deslocamento da fronteira
agrícola (especialmente no Mato Grosso e em Tocantins) quanto da
perspectiva de conclusão da BR-163, além das licitações das rodovias.
“Essa região se tornou muito atrativa,
com uma corrida por autorizações de TUP e crescente interesse do
programa de arrendamentos nos portos da Companhia Docas do Pará. Por
isso, a presidenta Dilma Rousseff determinou que o ministro Cesar Borges
e eu, juntamente com as agências reguladoras, déssemos prioridade à
melhoria dos acessos terrestres”, reforçou o ministro aos empresários.
Durante o encontro, Silveira apresentou
um panorama sobre o setor portuário brasileiro nos últimos 20 anos, com
ênfase aos aspectos centrais da Lei 12.815/2013, o novo Marco
Regulatório.
Fonte: SEP
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